Toda mulher busca para si um traço que a identifique como mulher. ela não existe como um todo. A mulher esta sempre em busca um traço, uma marca, um contorno como a maquiagem, roupas exuberantes, enfim algo que recubra sua falta fundamental.
Nosso primeiro espelho é o olhar de nossos pais. Nosso corpo é marcado pelo investimento pulsional desses e por seus ideais narcísicos. Desde o nascimento e durante toda infância somos em parte objeto de manipulação pelos outros, mas somos também sujeitos.
Antes do nosso nascimento, somos seres falados, caracterizada pelos desejos dos pais. Nosso nome é escolhido, nosso lugar é determinado e expectativas são projetadas para nós, mas não estamos totalmente passivos nessa constituição, apesar de estarmos alienados no desejo do Outro. Somos a princípio banhados pelas palavras maternas, por seus toques que delimitam nosso corpo e marcam em nossa carne o seu desejo materno.
Antes do nosso nascimento, somos seres falados, caracterizada pelos desejos dos pais. Nosso nome é escolhido, nosso lugar é determinado e expectativas são projetadas para nós, mas não estamos totalmente passivos nessa constituição, apesar de estarmos alienados no desejo do Outro. Somos a princípio banhados pelas palavras maternas, por seus toques que delimitam nosso corpo e marcam em nossa carne o seu desejo materno.
Na adolescência nos deparamos com um corpo em transformação, vivenciamos o luto do nosso corpo infantil, momento em que colocamos em xeque as palavras dos nossos pais, apesar de essas palavras ainda serem referência. Ë nesse momento também que damos maior importância ao bombardeamento de revistas, filmes, anúncios de publicidade, que nos fornecem a imagem do que é ser uma mulher. Os ideais massacrantes da cultura que parte de um padrão irrealizável.
Talvez a busca de controlar o corpo, a sua forma, encobre uma dificuldade em voltar-se para si e buscar os próprios desejos, escolhas pessoais, a própria forma: de ser mulher, mãe, esposa, profissional, filha. Enfim, todas as possibilidades que o feminino contém. A feminilidade é uma construção e é imprescindível rejeitarmos um modelo pré-fabricado, do que é ser mulher, em favor de buscarmos nosso próprio estilo.
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