Quero muito falar de amor, mas o que falar do amor?
Em nome deste sentimento as pessoas doam, se doam, morrem e matam. Que sentimento é esse que nos causa, pelo simples fato de tentarmos pensar nele?
O amor é o contrário do ódio, portanto são faces da mesma moeda.
Qual é o avesso do amor, a indiferença ou a placidez?
É possível alguém não amar nada ou ninguém?
Trata-se do mesmo amor, quando amamos um filho, amigo,ou um companheiro? Esses amores tão diferentes tem a mesma origem? E, finalmente a pergunta que não quer calar? Somos capazes de amar uma vida inteira, mesmo quando este amor nos proporciona diversas rasteiras desta vida inteira?
Há alguns anos atrás resolvi escrever sobre o amor, o romantismo que rodeia este afeto. Neste momento um autor me chamou a atenção: Jean Claude Lavie e o seu livro: "O amor é o crime perfeito."
Este livro aborda diversos temas e sobretudo o amor:
"O que querem de você quando lhe dizem: Eu te amo?
A declaração não declara o que declara. Nem mesmo se é uma proposta ou um pedido.
A magia da fórmula não decorre de seu sentido, mas de sua elocução. Sem dizer o que requer, ela simplesmente exige.
"Eu te amo" é uma chave, uma senha.
Aquele que expressa sua paixão confere a si mesmo direitos. O amor tem a estranha virtude de legitimar o que é tramado em seu nome. Do ardor à carícia, não há o que justificar, do despeito à violência, tampouco. O que quer de você quem te ama é irrecorrível. O amor só se autoriza por si mesmo.
A que expomos quando amamos?
Ao pior evidentemente! Tanto da parte do outro como de si mesmo.
O amor convida a sofrer e a fazer sofrer. Enaltece o que padecemos e também o que fazemos padecer. O amor contenta porquanto cega. Dá ares de nobreza às nossas maiores fraquezas. Em seu nome tudo pode ser feito.
Em seu nome tudo se faz.
Amor será loucura?"
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