quinta-feira, 18 de junho de 2015

Climatério...Eita calor sem fim...

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De repente começo a sentir um calor desesperador, algo que não vem de fora, mas sim de dentro. A sensação que tenho é que meu ventilador interno está falhando, como se eu tivesse um ventilador interno. Na infância e adolescência,  quando via algumas mulheres acima dos quarenta reclamarem de calor exacerbado achava um exagero, um "faniquito", mas definitivamente este "calor interno" é real. 

A princípio fiquei angustiada, sem saber do que se tratava...algo no meu corpo parecia que estava falhando... pelo menos comigo, essas sensações estão ocorrendo aos poucos. Estou num sono profundo e de repente acordo com muito calor, mas muito calor, tento respirar e me acalmar...depois de mais ou menos 40 segundos o calor desaparece deixando apenas um rastro de interrogação e vergonha. É gente, vergonha, porque nosso corpo dá sinais da sua existência e não tenho como controlar essa sensação...sinto vergonha por mim e pelo meu corpo.... 

Um mês depois esses calores continuam, infelizmente com mais frequência, e não só acontecem de madrugada afetam qualquer hora do dia...Marquei médico e só para variar fui procurar na internet para saber um pouco mais sobre isso.  Ufa, é algo que ocorre com todas as mulheres!!!! Climatério, constitui um período de transição a fase reprodutiva e a não reprodutiva. Ocorre em mulheres por volta dos 40 anos. Poxa vida, se não fui mãe até hoje, agora só adotando mesmo...My God, lá vem período de mais uma crise. Isso significa também que estou ficando velha? Vou ter que parar de correr? Minha vida sexual vai se modificar? Vou ficar cheia de dores? O que fazer para amenizar tudo isso? Ouvi uma mulher dizer..."Coma soja." Estou comendo muita soja, mas esse calor continua....Enfim, por enquanto para me ajudar, resolvi escrever aqui sobre isso.

Segue abaixo algumas informações sobre climatério, mas sinceramente acho que este tempo de "calores internos"(brincadeira) é uma oportunidade para refletirmos sobre como desejamos chegar a velhice, é a última chamada, para mudarmos antigos vícios e hábitos...e tentarmos seguir uma vida legal...possível, e de ainda realizar antigos sonhos. Vamos lá...

Alguns textos que garimpei na internet sobre o climatério...e achei interessantes:

No momento do climatério  os ovários têm sua produção estrogênica reduzida e insuficiente para garantir a reprodução e a manutenção das características funcionais dos órgãos sexuais femininos .
Com o declínio dos níveis de estrógenos, podem ocorrer alterações físicas hormonais, metabólicas, somáticas, psíquicas e sociais, que se manifestam ou não por sinais e sintomas que caracterizam a síndrome climatéricas.

Popularmente, o termo menopausa é utilizado como sinônimo de climatério, mas ela é somente o término espontâneo da menstruação durante, pelo menos, 12 (doze) meses consecutivos, sem que haja causas patológicas e intervenções médicas


O climatério é o período envolto em mistérios e tabus que se perpetuam, que é temido e estigmatizado pela sociedade. O pacto de silêncio sobre o climatério, o desconhecimento e a falta de compreensão sobre esta questão e a lacuna na assistência à saúde da mulher nesta fase acarretam grande desafios no processo de viver das mulheres, fatores que motivaram este estudo.
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O corpo se transforma, sobretudo a partir do climatério, fase de transição para a menopausa, quando efetivamente se encerra a capacidade reprodutiva da mulher. “Do ponto de vista de saúde existe um risco maior de osteoporose, doenças cardíacas, hipertensão arterial e demência”, alerta o ginecologista Luciano de Melo Pompei. Em contrapartida, miomas e endometriose desaparecem ou passam a incomodar menos. “A mulher que se prepara melhor sabe que a menopausa não significa que ela está velha. Hoje mais de um terço da vida se dá pós-menopausa, são décadas”, afirma Luciano.

Veja cinco pontos em que o amadurecimento pode favorecer a mulher:
1. Solução para os desconfortos
Ela pode lançar mão de recursos que minimizam ou eliminam a grande maioria dos sintomas da menopausa e pode, também, dar adeus às mazelas femininas típicas da fase anterior, como TPM, por exemplo.


2. Foco na própria vida

Com a família criada e sem filhos demandando atenção constante, essa é a fase em que a mulher pode experimentar uma nova liberdade em relação ao tempo. “Ela foca seu desejo, prazeres e decisões nela mesma e não nos desejos e vontades de outros. A mulher passa a ter como centro o que realmente deseja para ela, e não o que os outros pensam”, afirma a antropóloga Miriam Goldenberg, que acaba de lançar o livro “Corpo, envelhecimento e felicidade”, em que discute sua tese de que a vida a partir dos 50 anos é a melhor fase da vida da mulher.


3. Para a gerontóloga Célia Caldas, professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e vice-diretora da Universidade Aberta da Terceira Idade, os ganhos com a chegada da menopausa superam as perdas associadas. “Não ter mais a função biológica da reprodução é uma libertação social. A mulher pode focar sua energia criadora para outras coisas, como a transcendência”, afirma. “Há uma linha de estudiosos que afirma que esse é o momento em que a mulher consegue realmente exercitar seu poder, pela sua sabedoria, experiência de vida e autorrealização.”


4. Corpo em paz

As tensões da guerra que as mulheres travam com o próprio corpo se atenuam com os anos. A importância da batalha contra as primeiras rugas, o abdômen que parece acumular todas as sobremesas a mais ou os fios brancos é relativizada. “O corpo se torna muito mais um objeto de prazer, cuidado, bem estar e qualidade de vida do que um laboratório de experimentos em busca da juventude eterna, da magreza e da perfeição”, afirma Mirian.


Célia lembra que questões totalmente centradas no físico vão parecer perdas. “Mas isso depende também dos objetivos existenciais de cada uma. O projeto de vida de ser gostosa, bonita e seduzir é inviável na velhice. Aí não há ganho que suplante essa perda”, alerta. “Por outro lado, se você conhecer bem seu corpo e souber utilizar seus recursos, a vida sexual, embora menos intensa, é igualmente prazerosa”, afirma.


5. Hora de se divertir

Nessa fase da vida, as relações sociais e a importância de ter tempo de boa qualidade emerge com força total. “Muitas mulheres redescobrem como brincar e se divertir mais, se levar menos a sério. Aprendem a dar mais risada e ter mais diversão na vida”, afirma Miriam, que lançou o movimento das “Coroas Poderosas”, com propostas libertadoras, sobretudo com relação ao corpo. “É uma fase em que, se tiver saúde e algum dinheiro, ela pode se divertir e brincar muito mais”, afirma a antropóloga.


Amigos se tornam cada vez mais importantes. “Nessa idade, a pessoa dá muito mais valor aos amigos do que pessoas mais jovens. Ela tem mais tempo disponível para cultivar as amizades e são amizades maravilhosas. As pessoas se divertem, cada almoço e festa é um acontecimento”, afirma Célia. “Os aprendizados são muito valorizados também. A aluna dessa idade assimila conteúdos e consegue aplicar imediatamente, coisa que o jovem tem mais dificuldade de fazer”, acredita.


6. Transcendência


Nessa fase, é possível haver uma mudança de valores que foca muito mais em ganhos subjetivos. A experiência e vivência permitem que a mulher que exercita uma perspectiva otimista do amadurecimento colha os frutos da própria vida. “Aquelas que olham para detalhes como a celulite, a barriga flácida e o peito caído, sofrem com o processo de envelhecimento. Mas quem olha o todo e enxerga ganhos em termos de segurança, confiança e repertório se sente muito satisfeita com o envelhecimento”, afirma Mirian.












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