sábado, 30 de maio de 2015

Mulher

"Mulher" é uma palavra que nos faz lembrar de tantas outras palavras: maternidade, emoção, afeto, hormônios em ebulição, relacionamentos, sedução, diferenças e similaridades, conflitos, conquistas sociais, transformação - e muitas outras mais. Fala-se do "enigma do feminino". Mas é preciso reconhecer que esse ser - capaz de conceber e parir, sangrar todos os meses e não como sinal de adoecimento ou morte e expressar enorme labilidade de humor sem que isso seja patológico  - ainda hoje provoca estranheza, certo incômodo  e, claro, profunda atração em homens das mais diversas culturas em variadas épocas. Não por acaso, direta ou indiretamente, mulheres são tema de músicas, poesias, texto de literatura, filmes, obras de arte. É compreensível, independentemente do nosso sexo biológico, gênero ou orientação, em algum momento todos nós já fomos apaixonados por uma mulher - e mesmo que não lembremos mais disso a experiência com certeza deixou marcas em nosso psiquismo. 

Existe algo em comum à todas as mulheres, a não ser a anatomia? Claro que não. Somos cada qual uma e temos que lidar com essa diferença. As vezes  nos identificamos umas as outras, mas na maioria das vezes nos estranhamos... 

A psicanálise propõe que não nascemos mulheres, mas nos tornamos mulheres. Como assim? A ideia de nos tornar mulher é o que faz sermos diferentes umas das outras?  Esse processo inclui a constituição das formas de ser e de se relacionar consigo mesma e com os outros. Muitas desses "jeitos de ser" serviram as nossas mães e avós, mas hoje precisam ser reinventadas - e, possivelmente, devemos reconhecer com humildade que não servirão às meninas que já chegaram e que estão por vir. Entretanto, uma coisa é certa: únicas, absurdamente parecidas e ao mesmo tempo diferentes e incomparáveis, fazemos parte de uma linhagem, como elos de uma corrente antiga que vem do "antes"  e se projeta no "depois", nos lembrando de que não estamos sozinhas. Nessa aventura de ser mulher levamos pouca coisa na bagagem...

Referências:
Revista Mente e Cérebro EspecialPsicologia do feminino

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quarta-feira, 6 de maio de 2015

É só tristeza?

Ohh, tristeza

É só tristeza? 

A tristeza é um sentimento banal,  saudável e importante, pois quando reconhecemos nossa dor  conseguimos dar nomes aos nossos sentimentos,mesmo os mais difíceis. Imagine acordar com um incômodo, mal estar na alma e não conseguir perceber que se está triste?  Ou ainda, imagine estar triste, saber que está triste, mas não conseguir ou poder expressar essa dor da alma?  
Enfim, nada mal ficar triste de vez em quando....
A tristeza é um fenômeno de causas externas. É possível na tristeza dar nome aos bois... A morte de uma pessoa querida, o fim de um namoro são exemplos de eventos que podem deixar alguém triste. Para a psicanalista Teresa Pinheiro (UERJ) as pessoas que passaram por algum acontecimento ruim, tentam entender e dar algum sentido ao ocorrido. “Existe, nessa situação, uma narrativa, uma causa e a pessoa tenta dar sentido ao que, em um primeiro momento, não faz”, explica. Mesmo que a tristeza aconteça em consequência de um fato, isso não significa que ela irá passar mais rápido do que uma depressão, por exemplo. Ao tentar entender a situação pela qual passa, a pessoa triste não se afasta do resto do mundo. Muitas vezes pede ajuda para superar o ocorrido.

Será que a sociedade contemporânea valoriza ou despreza toda e qualquer tristeza?  Infelizmente, nossa sociedade corre de qualquer sinal de tristeza. Nossa sociedade valoriza a felicidade em qualquer momento e a qualquer custo. Qualquer sinal de tristeza deve ser escondido a sete chaves. Será que isso traz a longo prazo malefícios? Por que confundimos tristeza e depressão?

Até a próxima; Paula Adriana